terça-feira, 29 de novembro de 2011

Hoje

Hoje, um dia como outro qualquer de ida ao trabalho. Reparando todas as pessoas do ônibus, acontece algo diferente. Uma mulher desesperada entra no lotação e começa a falar: "Senhoras, eu sou mãe. E para todas que são mães vão me entender! Tenho uma filha de 7 anos com câncer. Ela está internada na Santa Casa da cidade e está fazendo quimioterapia e precisa de um remédio que a rede disponibiliza, no entanto está em falta. Estou pedindo humildemente uma ajuda! Eu tinha R$12 agora paguei meu ônibus só para pedir uma ajuda a todos que puderem colaborar comigo. É o desespero de uma mãe que quer ver sua filhinha viver. Doe meu coração ao vê-la com a perninha queimando ao usar estes remédios! É melhor pedir a vocês a roubar! Que Deus ajude a vocês!"
Várias pessoas ajudaram a mulher. Vi nos olhos daquela simples senhora a dor e a esperança que a força divina irá ajudá-la.
O comovente foi a mobilização dos jovens que ajudaram-na. E eu, apenas a observava, pois estava sem dinheiro no momento. Apenas podia desejar sorte a ela para suportar este problema e a filha que algum milagre viesse "dos céus" para ela poder levar uma vida "normal". Caros, este não é mais um ato de mendigagem ou mais algum abusadindo. É uma mãe que está em desespero com o ser que mais ama, a filha. É fato que numa situação assim os pais dão aos filhos o possível e o impossível para vê-los sorrir novamente, um sorriso saudável, uma vida "feliz"...
Abraçar quem se ama, ou dizer "eu te amo" nunca é tarde. Para os pais sempre dói mais. Talvez seja esse o motivo de não existir adjetivo de expressar tamanha dor dos pais ao perderem um filho.
A única coisa que poderá manter alguém de pé será a fé o amor. Os dois andam juntos. Sempre...
Não apenas fé em "Deus", mas em si mesmo. Amar infinitamente, intensamente, sempre...

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